Estive no Minas Trend no último dia 23 de outubro, acompanhando o desfile do renomado estilista Victor Dzenk de sua nova coleção para o inverno 2020.
O Inverno 2020 do estilista Victor Dzenk é uma viagem estelar onde luzes, cores, imagens e reflexos são emitidos pela iconografia futurista da ficção cinematográfica e pela ebulição cromática de explosões galácticas. São formas e texturas que remetem ao empoderamento feminino das personagens fortes e modernas nas telas – sem perder a sensualidade e leveza.
O estilista explica que a coleção é composta por visuais marcantes, efeitos especiais e manifestações lúdicas do futuro sobre referências do passado. É o Retrofuturismo, um dos pilares das propostas invernais da marca VD – que ganhou o nome de Odisséia.
A busca de referenciais construtivos do fortalecimento feminino na sociedade atual, conduziu Victor Dzenk em suas pesquisas – o levou ao universo das personagens marcantes de filmes como Blade Runner (1982), O Quinto Elemento (1997) e Matrix (1999). Uma trajetória que inspirou criações em malha cirê para as peças ajustadas, shapes desportivos ou tecidos com aspecto peletizado. Nas cores, os matizes vibrantes (do vermelho e verde esmeralda) são quebrados por tons naturalistas (como terrosos) e suaves (como nude e rosê). O preto é citação indispensável nessa cartela.
Com a mesma atitude com que domina as novas tecnologias, essa mulher cultiva um certo romantismo. E revela esse seu lado, através de estampas orgânicas (como flores e anêmonas) ou retrô (como a geometria pop dos anos 60) em modelagens fluidas e envolventes.
VIDRO
Mas a mulher idealizada por Victor Dzenk para o Inverno 2020, quer também expandir seu universo buscando as cores e elementos de outras galáxias. Nesse ponto, a coleção ganha a colab do artista Célio Olímpio – cujo trabalho é forjado pela alquimia entre o vidro, o fogo e explosões cromáticas transformadas em belíssimas estampas. A sua inspiração maior vem da constelação de Orion – conjunto estelar pesquisado e amado pelo artista plástico mineiro que, atualmente, é um dos mais importantes do circuito das artes de Lisboa, Portugal. O resultado é uma contribuição de “gestos inéditos e criatividade única”, com efeitos marmorizados que esse processo alcança na transferência de toda essa magia para o tecido. Para o artista Célio Olímpio, foi um prazer mergulhar nesse trabalho com pegada fashion, pois
A arte tem que subir, alcançar novos níveis, chegar às estrelas e espalhar sua luz e seu brilho para todas as formas de expressão.