Cabelos caindo por toda a casa? Espinhas e escoriações no corpo inteiro? Coceira, arranhões ou vergões pra todo lado? Placas descamativas inestéticas se tornando mais aparentes?Couro cabeludo cheio de feridas? Lábios e unhas cada vez mais roídos? Manchas que nunca surgiram antes? Mãos cada vez mais secas ? “ Keep calm” and… vamos nos orientar? Não é de hoje que observamos que períodos de mudanças emocionais e psicológicas afetam- e muito- o comportamento das doenças da pele e de seus anexos.
Tal constatação não é só crendice não, tem comprovação cientifica. Os estudos na área da Psicodermatologia – campo de interação entre Dermatologia, Psiquiatria e Psicologia – comprovam que há uma clara interação entre mente, sistema nervoso, sistema imunológico e pele. Dessa forma, existem manifestações psicológicas e psiquiátricas que causam ou exacerbam lesões de pele, bem como situações em que as próprias afecções cutâneas podem afetar o equilíbrio emocional do indivíduo.
Atualmente, a Medicina tem levado em conta a realidade de que a maioria das doenças, inclusive as de pele, são geradas por situações prévias cujos efeitos vão se acumulando no organismo, levando em conta as vivências biológicas, psicológicas, emocionais, sociais e espirituais de cada um, culminando em um processo de adoecimento particular e específico de quem o apresenta. Nenhum paciente é igual a outro.
Na verdade, mente e corpo se interinfluenciam o tempo todo, por meio de susbstâncias químicas e receptores celulares. Por exemplo, um pensamento de estresse provoca alterações elétricas no cérebro que, em resposta, produz neurotransmissores. Estes , pela circulação ou pelos nervos, alcançam os receptores de todas as células do organismo, inclusive as do sistema imunológico e da pele que, então, vão produzir citocinas. Estas substâncias, por sua vez, levam à imunodepressão, estado que favorece o aparecimento das doenças inflamatórias, infecciosas, alérgicas, autoimunes e degenerativas da pele e de outros órgãos.
Da mesma forma, sabe-seque um simples toque na pele ativa seus corpúsculos sensoriais e essa informação é levada ao cérebro, onde será interpretada, de forma positiva ou negativa, podendo gerar efeitos profundos no psiquismo e no desenvolvimento fisiológico do indivíduo, dependendo do tipo do toque, se afetuoso ou traumático.
Em tempos de excesso de informações, de incertezas e de mudanças, é razoável que surjam preocupações e sentimentos desconfortáveis, que podem acabar afetando o equilíbrio e o comportamento das pessoas, contribuindo para o surgimento ou piora de afecções da pele. E pelo fato de que tudo o que afeta a pele é visível também às outras pessoas , além do próprio paciente, isso pode gerar ainda mais incômodo e mal-estar.
Sendo assim, não se cobre tanto se você tem ficado corado de vergonha, vermelho de raiva, branco de susto, de cabelo em pé de terror ou suando frio de medo; pode acontecer com a pele de todo mundo! Como se diz por aí: “tamo junto”! Se precisar, procure bons profissionais das áreas de Dermatologia, Psicologia e/ou Psiquiatria. Juntos, somos melhores!
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