Ser amado é uma necessidade emocional primária dos seres humanos. Ansiamos por nos sentir amados, vivenciar um amor romântico e manter vivo o amor nos nossos relacionamentos. Para vivenciarmos este amor e para conseguirmos manter a chama do amor nos nossos relacionamentos normalmente encontrávamos inúmeros desafios, com o evento do Covid-19 este processo acelerou e aumentou exponencialmente estes desafios. Namorados separados demais, casados juntos demais.
Será que está sendo somente uma pandemia de Covid-19?
Desde início de 2020, estamos vivenciando um momento único no mundo, no brasil e em nossas vidas. Nos deparamos com uma imposição de mudanças em todos os aspectos de nossas vidas – econômico, social, pessoal, espiritual e amoroso. Fomos atingidos em corpo, mente, alma e coração.
A sensação é que, fazendo uma analogia, chegamos em casa um dia e nossas roupas estavam todas jogadas no chão com um aviso: VOCÊ PRECISA SE REINVENTAR – organize-as novamente, com cautela, com desapego, com escolhas e com resiliência. Uauuu e agora?
Um dos maiores desafios foi o distanciamento social, que nos colocou numa prova de resistência enorme. Tivemos que nos afastar dos nossos amigos, de algumas pessoas da nossa família, dos nossos amores. Outro foi a aproximação familiar (comer o sal juntos literalmente).
Esta situação trouxe muito desgaste, as pessoas ficam muito irritadas, insatisfeitas, angustiadas e tristes. O que mais encontramos nos consultórios são pessoas se intoxicando com aquilo que não conseguem resolver em seus corações, tentando achar no outro a responsabilidade das suas angústias.
Na parte dos relacionamentos amorosos tivemos duas situações, os namorados tiveram que estar separados e os casados tiveram que estar juntos, de sol a sol. Bom, por um lado se perguntaram: o que que eu faço com essa ausência? De outro, o que que eu faço com esta presença? Com isto cada um teve que reaprender a criar estratégias para ajudá-los a manter viva a chama do amor e a lembrar, sempre, o porquê de escolherem ficar juntos.
Para isto, o melhor caminho é investir no autoconhecimento para entender os próprios sentimentos, suas forças e fraquezas, e com isto, você terá melhores condições de conhecer o outro e entender os sentimentos dele. Todos nós queremos ser amados e compreendidos, não? Então, porque não pensar que o outro também quer o mesmo?
Temos que nos atentar para o fato de que: o outro é diferente de mim. O outro é outra pessoa, outra vida, outro pensamento, outra cabeça, outro rosto, outro corpo e ele tem a forma “dele” de dar amor e receber amor.
Para Gary Chapman[1], quando as insatisfações nos relacionamentos acontecem, é porque a pessoa está com seu tanque de amor emocional vazio. Ele ressalta ainda que, manter esse tanque de amor cheio é tão importante para os relacionamentos, quanto manter o nível corretor de óleo em um veículo.
Cada um de nós é abastecido por um tipo de combustível. Cada um tem a sua linguagem de amor. Eu dou amor e sinto que estou sendo amada de acordo com o que aprendi nos meus sistemas sobre o que é o amor. Daí a importância de se autoconhecer e de conhecer o seu companheiro, sua companheira.
O amor não depende de condições impostas, devemos entender que o outro é o outro, só ele sabe o que é bom para ele, e, portanto, não se deve condicionar o amor ao que “você” acha que é o melhor. Amar é abdicar, é entender que existe outra pessoa na relação e ela deve ser vista.
Para que façamos fazer o amor valer à pena e consigamos reacender sempre a sua chama, precisamos urgente, examinar e conhecer nossa personalidade, nossas crenças, analisar a relação e estarmos dispostos a mudar de atitudes e padrões. Amar é uma atitude, devemos mostrar, confirmar em gestos e palavras.
Não é o que o seu parceiro fez, ou não fez que está causando os sentimentos em você e sim a sua forma de reagir ao acontecimento. O que você vai fazer com o que aconteceu, com seu relacionamento é que muda tudo. Todo o poder de vibrar na energia do bem, de se alinhar no fluxo da felicidade e do amor, depende exclusivamente de você se apropriar de suas bênçãos e alegrias.
Só é possível amar o que se conhece e nós ainda somos um desconhecido. Tendo em vista esta afirmação, e ainda que o outro é meu espelho. O autoamor é a coisa mais importante nos relacionamentos, pois eu enxergo no outro é o que penso de mim. A percepção equivocada de si próprio, além de impedir o autoamor, reflete-se no outro que deixa de ser amado.
Quem deseja avançar terá que aplicar o autoamor e o amor pelo outro. E quando todos fizerem este caminho, viveremos, enfim, uma pandemia de Amor.
Dica: aproveite a semana do dia dos namorados e faça algo que, se você fizer, seu companheiro (a) se sentirá amado.
Lembre-se TUDO PODE TRANSFORMAR
Por: Ana Cristina Costa – CRP 12.202
Psicologia Positiva & Coach de Relacionamento
(31) 98763-1734
[1] Livro: As 5 Linguagens do Amor – Como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge.