*Texto escrito por Sheila Alexandre Firmino
O que vêm a sua mente quando pensa o que é ser uma mãe/pai ideal? Você é essa mãe/pai? Quais sentimentos chegam a seu coração quando pensa que está longe de ser a mãe/pai que tanto deseja?
Tenho trabalhado no consultório com muitas famílias que levam suas crianças deprimidas e ansiosas e o que percebo são crianças buscando, também, ser o filho ideal.
E é assim que pais e filhos estão se relacionando: de mãe/ pai ideal para filho ideal.
O grande problema é que o ideal não existe, e na busca por acertar sempre definimos metas inatingíveis e nos sentimos exaustos, cansados, frustrados, o que gera insatisfação de nós mesmos e do outro.
Realmente, como mãe, seria incrível conseguir cuidar de todas as atividades domésticas, profissionais, familiares e sociais e, ainda, ser magra, linda e inteligente. Entretanto, nessa tentativa de “dar conta de tudo”, nos decepcionamos com nós mesmas, acreditando que não somos capazes e não vamos conseguir exercer nossa maternidade tão sonhada.
As crianças estão no mesmo caminho, tentando dar conta de atender a todas as expectativas dos pais, mas quando não conseguem, chega uma tristeza profunda.
Sobre esta ótica é possível dizer que algumas famílias vão passar a vida inteira sem aproveitar a oportunidade de viver o grande amor que já existe no seio familiar, um amor leve e libertador que aproxima, não julga, que perdoa e que permite viver essa relação de mãe/pai real para filho real, relação de humanidade, de imperfeição e de muito acolhimento.
Quero te dizer que está tudo bem não “dar conta de tudo”, está tudo bem nossos filhos não acertarem sempre.
Mas, então, como é possível olhar para o erro como oportunidade para aprender? Será possível acolher quem realmente somos? Existe uma forma de acolher nossos filhos exatamente como são?
O caminho é, juntos, construir uma família baseada em relações de consideração e respeito por si e pelo outro.
Quero te convidar a observar quando e em quais situações se sente desconfortável, e os sentimentos que consegue identificar através deste desconforto.
Quando você aprender a olhar para dentro de si, estará pronta para olhar para dentro do outro sem se espantar e sem desesperar, porque irá entender o que é ser real.
Investir tempo em conhecimento para cuidar de quem mais amamos, não tem preço!
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2 comentários
Participei de uma roda de conversa com a Sheila Aquino e superou minhas expectativas,foi com certeza um divisor de águas na educação dos meus filhos ,aprendi que acolher ,considerar e incentivar positivamente faz com que eles fiquem mais proximos e mais abertos aos ensinamentos.Já estou colocando em pratica e sentindo a diferença nas crianças .Gratidão por ter participado .
Que ótima notícia, Talita! Ficamos felizes em saber disso! Continue acompanhando o site para ver mais matérias interessantes como esta.